segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mais um dia...


Foram quase 18 horas ótimas de plantão se não fosse a costumeira insônia a me perturbar depois que as crianças pararam de chegar no Português... Iria dormir de 23:00 às 6:30 tranquila, e viria para casa descansada, mas com essa coisa e plantões noturnos na sexta, meu relógio biológico todo muda nos fins de semana. É uma droga. Tentei o tal "método infalível" da mamãe (o meu é tomar um relaxante muscular e pronto): inventar uma historinha. E como boa e assumida romântica sonhei que encontraria a pessoa certa quando fosse a Recife. Por que não aqui? Deixo isso para as teorias psicológicas que comparam nossos desejos mais profundos com arquétipos e fábulas (tipo Freud e Jung) e imagino que no fundo eu ache que meu "príncipe encantado" venha de "uma terra distante". Imagino que meu namorado nem leia isso. Mas ele sabe a verdade, no fundo sabe que a gente não tem futuro juntos. Ontem no plantão a Grazi me perguntou se eu não tinha vontade de me casar. Respondi a ela prontamente: " Claro, mas com quem?". E meu pai em sua breve visita a São Luis veio me botar contra a parede: "Tá na hora de tu arrumar alguém para ser teu companheiro...". E bla bla bla. Como se eu estivesse velha ou desesperada (afinal só tenho 28, tá, beirando 29). Continuando o tal sonho de olhos abertos, imaginei como essa pessoa seria, o que ela faria, que músicas gostaria, enfim, tudo o que ela seria pra mim, e refleti que tudo isso seria impossível. Ele teria que ter defeitos senão, não seria um ser humano... e aí a imagem de "príncipe" acabaria. Se um dia esse alguém aparecer tenho que gostar dele pelos defeitos dele, e as qualidades vão ser lucro para mim. Não estou dizendo que quero ficar com o pior, não, mas tem que estar preparada para a fase de desencantamento quando você ou ele percebe algum defeito naquele visual impecável, quando um fica ranzinza ou preguiçoso e você não tolera, quando amar se torna rotina (e isso é perigosíssimo num relacionamento) ou até mesmo quando um deixa escapar um arroto na frente do outro (risos). É, papai, colegas de trabalho ou quem estiver preocupado, EU não estou preocupada em me casar. Príncipe encantado só nos filmes e nos contos de fada. Se o amor chegar, que ele seja bem-vindo e em boa hora. E que eu consiga pôr em prática o que escrevi aqui.

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Peço desculpas se porventura alguém lia meus posts antigos. Explico: apaguei todos eles na tentativa de começar um novo blog, uma nova vida, mas pelo jeito não vou embora de São Luis como postei anteriormente. É, mais um dia... daqui a pouco estou de plantão de novo.